sudoeste 2000: grandes férias!

Chegámos às seis da manhã a Odemira e fomos as três à procura de uma tasquinha aberta para comermos qualquer coisa antes de avançarmos para a herdade da Casa Branca. Pois então.... o que estaria aberto em Odemira? Uma tasca com cheiro a pipa q.b. e com os idosos da terra a iniciarem o seu dia com um copo de tinto.... para matar o bicho. Pedimos um leitinho e cafezinho. Bem sei que não era o mais adequado no contexto de tasca mas a viagem tinha sido longa.

Chegados à grande herdade e estacionado o famoso renault 5 sentamos-nos no prado e comemos uma pizza de atum caseira. A fome era muita e o desejo de começarmos as férias era ainda maior.

No acampamento selvagem havia espaço para muitas tendas e lá montamos arraiais numa clareira que nos pareceu a mais adequada para três moças que queriam borga, concertos,espirito sudoeste. Fomos para a praia, mergulhamos entre as ondas da Zambujeira, desmistificamos complexos corporais, olhamos curiosas para a população envolvente e descobrimos o sudoeste alentejano.

Claro está quando voltamos ao acampamento selvagem já não sabiamos onde estava a nossa tenda mas depressa nos apercebemos que ia ser assim todos os dias do festival.

Noites de concertos, aventuras no escurinho do alentejo, banhos de agua fria com machos e femeas à mistura.... água salgada daquele mar imenso, tascas onde só comiamos amendoins e bebiamos cerveja sagres.... bebedeiras bem dispostas e muito muito convivio... rastas e tatuagens, chinelos e biquinis, multiculturalismo globalizante, calor alentejano. Foi assim que passamos o nosso sudoeste em 2000. Três raparigas de Coimbra com as planicies pela frente.

Uma saudação muito especial para o Gonçalo de Cascais, que se tinha perdido dos amigos, com quem vimos os Lamb e com quem passamos muito tempo naquela noite à procura da tenda dele.

Foram as melhores férias que tive. Obrigada amigas.