sexta-feira, julho 08, 2005

Locke e a experiencia da tábua rasa

Outro dia, à conversa com um novo amigo, surgiu a duvida sobre o exemplo da tábua rasa. E realmente, após várias tentativas de pensamento iluminado tenho de concordar com a opinião de locke sobre as experiencias porque Locke não parte, realisticamente, do ser, e sim, fenomenisticamente, do pensamento. No nosso pensamento acham-se apenas idéias (no sentido genérico das representações): qual é a sua origem e o seu valor? Locke exclui absolutamente as idéias e os princípios que deles se formam, derivam da experiência; antes da experiência o espírito é como uma folha em branco, uma tabula rasa.
No entanto, a experiência é dúplice: externa e interna. A primeira realiza-se através da sensação, e nos proporciona a representação dos objectos (chamados) externos: cores, sons, odores, sabores, extensão, forma, movimento, etc. A segunda realiza-se através da reflexão, que nos proporciona a representação das próprias operações exercidas pelo espírito sobre os objetos da sensação, como: conhecer, crer, lembrar, duvidar, querer, etc.

2 comentários:

Madalena Duarte disse...

Este é, sem dúvida, um dos blogs que mais gosto de ler. A cada post novo entende-se porquê.

Anónimo disse...

:)